Ampliando Horizontes: Poesia e Ficção é uma conexão entre quem deseja escrever, e publicar, com escritore(a)s, poetas e realizadore(a)s do universo da literatura e da poesia. O projeto teve a sua primeira edição em 2022 por meio de três oficinas de criação literária. Uma de romance (com Otto Leopoldo Winck), outra de contos (com Cezar Tridapalli) e uma terceira de haicais (com Alvaro Posselt). Os conteúdos produzidos por alunas e alunos foram selecionados, por Carlos Machado, Guido Viaro e Jaqueline Conte, e estão nas páginas de três obras impressas, conteúdo também disponível em suporte digital. Assim, novas autoras, novos autores movimentam-se com possibilidades de dialogar com o público, outro sonho do escritor Marcio Renato dos Santos, o idealizador desta proposta materializada com produção da Máquina de Escrever.

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Fotos: Clara Reinhardt Silva

Oficina de romance

Por meio de técnicas, leitura e reflexão a respeito das possibilidades da linguagem, e prática — muita prática — é possível transformar uma ideia em uma longa narrativa. Fácil não é, mas não é impossível. Há anos ministrando aulas de escrita criativa, Otto Leopoldo Winck conduziu a oficina de romance do projeto Ampliando Horizontes: Poesia e Ficção. Durante 8 encontros, cada um com duração de 4 horas, Winck discutiu longas narrativas, propôs exercícios e estimulou a produção de fragmentos de romances — seis deles publicados por esta iniciativa em livro e disponíveis em formato digital. Uma experiência inesquecível e decisiva para quem até então apenas desejava, mas não sabia como dar forma a um enredo, com personagens, trama e sutilezas.

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Oficina de contos

Escrever um conto é bem mais do que narrar uma história — ou uma estória. Até é possível contar algo, mas o que um conto exige é a sugestão, o não dito, a sutileza e, mais que tudo, linguagem, muita linguagem. Autor de romances e experiente professor em oficinas de escrita criativa, Cezar Tridapalli ministrou 8 aulas, cada uma de 4 horas, na primeira edição de Ampliando Horizontes: Poesia e Ficção. Ele apresentou em detalhes características do conto, um dos gêneros literários mais desafiadores para um(a) escritor(a). Nove participantes da oficina têm narrativas publicadas no livro, físico e digital, editado por esse projeto — e estes nove contos apontam a multiplicidade que a breve narrativa pode vir a ter, sempre se reinventando, inesgotavelmente.

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Haicais

Breve poema de origem japonesa, o haicai encontrou solo fértil para prosperar no Paraná. Dois dos mais conhecidos nomes da cultura paranaense são poetas, autores de haicais: Helena Kolody (1912-2004) e Paulo Leminski (1944-1989). Outro autor paranaense cada vez mais celebrado na capital e no Estado é o Alvaro Posselt, estudioso e divulgador do haicai. Ele ministrou quatro oficinas no projeto Ampliando Horizontes: Poesia e Ficção, iniciativa coordenada por Marcio Renato dos Santos com produção da Máquina de Escrever. Esta obra, com curadoria de Jaqueline Conte, reúne 165 haicais elaborados por 43 pessoas que participaram dos cursos, e se traduz em uma coletânea plural e pulsante — como é a vida, a matéria-prima do haicai.

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Confira os participantes

Carlos Machado

Curitibano, nascido em 1977, é autor de 9 livros de ficção, entre os quais as coletâneas de contos A voz do outro (7Letras, 2004), Nós da província: diálogos com o carbono (7Letras, 2005), Passeios (7Letras, 2016) e Era o vento (Patuá, 2019), as novelas Balada de uma retina sul-americana (7Letras, 2006), Poeira fria (Arte & Letra, 2012), Esquina da minha rua (7Letras, 2018) e Olhos de sal (7Letras, 2020), e da narrativa Por acaso memória (Arte & Letra, 2021). Também é músico, instrumentista e compositor, e há anos atua no segmento de educação.

Cezar Tridapalli

Curitibano, nascido em 1974, é autor de três romances, Pequena biografia de desejos (7Letras, 2011), O beijo de Schiller, (Arte & Letra, 2014) — obra vencedora do Prêmio Governo de Minas Gerais de Literatura em 2013, e Vertigem do chão (Moinhos, 2019). Especializado em Leitura de Múltiplas Linguagens, na PUCPR, e mestre em Estudos Literários pela UFPR, há anos ministra cursos de escrita criativa e atua como tradutor. Pós-graduado em Psicologia Clínica: Abordagem Psicanalítica (PUCPR), faz estudos de formação em psicanálise.

Alvaro Posselt

Curitibano, nascido em 1971, é professor de português, mas já faz alguns anos que se dedica em tempo integral ao haicai, o breve poema de origem japonesa tão bem adaptado em terras paranaenses. Estuda, pratica e ministra aulas e oficinas de haicai em todo o Paraná. Transformou a sua residência em Curitiba, batizada Casa Posselt, em um espaço cultural em que também difunde o haicai. É autor, entre outros títulos, de Tão breve quanto o agora (2012), Um lugar chamado instante (2013), Entre arranhões e lambidas — haicais & gatos (2014) e Kaki (2015).

Simon Taylor

Simon Taylor nasceu e vive em Curitiba. É autor dos livros “Meus Cases de Sucesso“ (2013), “Sketchers do Brasil” (2016), “A Caricatura da Arquitetura” (2017) e “A Caricatura da Arquitetura 2 – O desenho e a cidade” (2019). É um dos fundadores do grupo Urban Sketchers Curitiba e organizou o primeiro Encontro Nacional de Urban Sketchers (2016), em Curitiba. É da turma de 74, devoto de São Elvis e São Henfil. Segue correndo o risco.

Rafael Ferrer Kloss

Curitibano, designer gráfico formado pela UTP, a mais de 20 anos atuando no ramo gráfico e parceiro de longa data na diagramação de livros da Editora Máquina de Escrever.

Otto Leopoldo Winck

Carioca nascido em 1967, há anos está radicado em Curitiba, onde leciona na PUCPR e na Uniandrade, além de ministrar oficinas de escrita criativa. Mestre e doutor em Estudos Literários, é autor dos romances Jaboc (Garamond, 2006, vencedor do prêmio da Academia de Letras da Bahia) e Que Fim Levaram Todas as Flores (Kotter-Patuá, 2019), do ensaio Minha Pátria É Minha Língua: Identidade e Sistema Literário na Galiza (Appris, 2017), do volume de poemas Cosmogonias (2018, Kotter) e do poema-livro Périplo (Patuá, 2021).

Marcio Renato dos Santos

Curitibano, nascido em 1974, é autor de 9 livros de contos, entre os quais A cor do presente (Tulipas Negras, 2019) e Candongas não fazem festa (Tulipas Negras, 2022). Jornalista, atua há mais de duas décadas na imprensa paranaense. Mestre em estudos literários pela UFPR, é o idealizador e curador, em parceria com Guido Viaro, de “Às vezes, aos domingos”, projeto online mensal de bate-papos entre escritores e escritoras. Idealizou e realizou em 2022, com produção da Máquina de Escrever, este projeto, o Ampliando Horizontes: Poesia e Ficção.

Jaqueline Conte

Maringaense, nascida em 1975, é autora, entre outros títulos, da narrativa Os jornais de Geraldine (Arte & Letra, 2019) e dos poemas reunidos em Céu a Pino (Patuá, 2022). Graduada em comunicação social na UEL, atuou como jornalista por duas décadas, em mídia impressa, agências de comunicação e comunicação pública. É mestra em estudos de linguagens pela UTFPR e doutoranda em materialidades da literatura na Universidade de Coimbra. Integra o núcleo gestor do Era uma vez, coletivo que atua na formação de leitores e na difusão da literatura infantil e juvenil produzida em Curitiba.

Guido Viaro

Curitibano, nascido em 1968, é autor de 19 romances, entre os quais O comprador (Insight, 2017), O princípio da incerteza (Insight, 2019), O mestre das polcas (Insight, 2019), Trem (Insight, 2020) e O cubo mágico, vencedor do Prêmio Biblioteca Digital 2020, da Biblioteca Pública do Paraná. Formado em Letras, dirige desde 2009 o Museu Guido Viaro, instituição que exibe obras de seu avô (ambos têm o mesmo nome) e viabiliza atividades culturais, de exibições de filmes a lançamentos de livros. É o ocupante da cadeira 14 da Academia Paranaense de Letras.

Elys Faria Bittencourt

Nascida em Curitiba na década de 1970. Jornalista, formada pela PUC PR. Trabalhou como produtora e roteirista de videoaulas, analista e revisora de material didático. Hoje, é revisora de textos.

Cida Grecco

Cida Grecco, paranaense radicada na capital, professora de Língua Portuguesa da rede pública do Estado formada em Letras pela UFPR, especialista em Múltiplas Leituras da Comunicação e da Arte, pela PUC-PR e em História, Arte e Cultura pela UEPG. Fez Mestrado em Linguística pela UNICAMP e está finalizando o Doutorado na mesma área e instituição. Também foi professora de Metodologia da Pesquisa por vários anos em curso de pós-graduação em História e Geografia do Paraná. Leitora voraz e revisora de textos, adora revisar livros para a Máquina de Escrever, participando de vários projetos como revisora e leitora crítica.

Victor Augustus Graciotto Silva

Nascido em Paranavaí, infância em Maringá, vive desde 1995 em Curitiba. Historiador com graduação e mestrado em História pela Universidade Federal do Paraná, foi professor de ensino fundamental, médio e universitário, com passagem em gestão pedagógica na Secretaria de Educação do Estado do Paraná. Fundou em 2010 a Máquina de Escrever Editora e Produção Cultural e inicia uma trajetória de edição, pesquisa, produção e coordenação de projetos culturais sobre patrimônios históricos e culturais de Curitiba. É autor de “Idade Média” em 2011, “Benzedeiras” em 2013, “Curitown – a cultura do skate de Curitiba” em 2018, “As pregações de Francisco de Assis” em 2020 e “Cervejarias de Curitiba” em 2022.